O auto-retrato, no retrato alheio!
Qualquer retrato é visão, não realidade!
Porque um retrato traduz a visão interior de quem vê, mais (muito mais) do que aquilo que é visto, retrata concretamente o retrato o seu próprio autor (visão, sentimento, selecção das partes/aspectos recriados, sensibilidade... and so on ).
Deste autor, poderei inferir do retrato que fez, que é sensível ao olhar amendoado e triste da criança, que marcou em breves traços uma expressão de uma tristeza amena mas profunda, que optou pelos tons claros e pastel, que o adornou com uma gola branca, assim como quem viu uma auréola sagrada enfiada no pescoço deste miúdo.
Do miúdo é que nada sei!
1 comentário:
Uma auréola caída
Grande demais
Para a sua pequena cabeça
Há de ser, este santo.
Há de ter este um tom sacro,
E um cheiro de barroco.
*
Enviar um comentário