A ausência do ser-se!
Deitado na almofada, ouve o silvo do vento que o faz antever o sonho ...
O menino não dorme como quem morre, não não, ele dorme num sono maior que a vida!
Embalado pelo silvo do vento que geme, amorna e inquieta, o menino pousado por entre o verde que cobre o chão, mexe-se devagarinho... murmura sons, aos adultos inaudíveis, mas estrondosos aos minúsculos seres que por ele sobrevoam, o espreitam e nele pisam.
A mãe natureza surpreendeu-se e comoveu-se por se ter a criança estendido nos seus braços ... e então abraçou-o, soprando-lhe aos ouvidos um recado, apenas num silvo de ar: "Não mais serás, pequeno homem, inocente" - dizia-lhe esta mãe - "Agora que no meu chão (que o meu peito é) te recolheste, não mais serás capaz de ver o que passe de palmo e meio! Terás apenas olhos para as formigas trabalhadeiras, que ora construíram uma barreira para que o pó não passe, para as moscas e abelhas que sobre ti formam tecto protector, olhos e ouvidos apenas para os mais pequeninos filhos meus, teus irmãos, incansáveis na tarefa de te embalar o sonho!"
No fim do tempo, o menino acordou. Diferente! Foi desde este sono que foi submetido a vários exames psicométricos, psicológicos e esotéricos: nada a fazer! Incansavelmente, o pequerrucho olhava para os pequenos insectos, assentava praça à entrada dos formigueiros, acompanhava as carochas e as baratas no seu lento caminhar. Nunca mais respondeu à mãe nem a ninguém (nem sequer os ouvia).
Foi considerado autista e passou a receber pensão do estado.
A sua mãe nunca percebeu o brilho flamejante que ardia nos olhos do seu filho: tinha-o levado de si uma felicidade parva qualquer que tomara o seu ser e o elegera, dando-o como perdido!
Era impossível chorar este mergulho numa bolha de felicidade evidente , por isso a mãe calou o ciúme e a inveja sentida pelas pulgas, formigas, moscas, aranhas e abelhas. Enlutou e alimentou-o , vestiu-o e lavou-o e tratou do jardim.
No fim do tempo, o menino acordou. Diferente! Foi desde este sono que foi submetido a vários exames psicométricos, psicológicos e esotéricos: nada a fazer! Incansavelmente, o pequerrucho olhava para os pequenos insectos, assentava praça à entrada dos formigueiros, acompanhava as carochas e as baratas no seu lento caminhar. Nunca mais respondeu à mãe nem a ninguém (nem sequer os ouvia).
Foi considerado autista e passou a receber pensão do estado.
A sua mãe nunca percebeu o brilho flamejante que ardia nos olhos do seu filho: tinha-o levado de si uma felicidade parva qualquer que tomara o seu ser e o elegera, dando-o como perdido!
Era impossível chorar este mergulho numa bolha de felicidade evidente , por isso a mãe calou o ciúme e a inveja sentida pelas pulgas, formigas, moscas, aranhas e abelhas. Enlutou e alimentou-o , vestiu-o e lavou-o e tratou do jardim.
1 comentário:
Cerrou? * não!
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