25/10/2008

Avós de todos nós(?) Humm... Nem por isso! Hehee!




"Residiam três infames mulheres no castelo do sítio, todas aspiravam os seus lugares no sítios certos e todas sonhavam com as coisas que desejavam.
- Conta-me o quê, o onde e o como…"-
Sonjo dixit.

A vida partilhada de três mulheres assim, era vida a balançar com a morte.


O facto de partilharem um mesmo espaço, só agravava a situação (para os outros, bem entendido, que entre elas havia uma estranha irmandade nascida do fel das línguas viperinas).
Esbeltas e refinadas, eram à primeira vista (e desde logo) infames: o olhar, arma natural, talhava o seu perfil maquiavélico.


Assim que, uma mudança se avizinhava: um engenho, uma construção, ardil, perfume e perdição!
No conluio das belas, previsto estava o sacrifício cooperante de alguns bens materiais, acrescido do massacre de 3 palavras fundamentais na vida de todos os seres.


Tratava-se o assunto de cumprirem um fetiche: a posse das palavras (experiência nova e excitante), torná-las-ia donas únicas e absolutas da realidade ou conceito pelos vocábulos representados, privando todos os demais (e para todo o sempre) sequer da sua lembrança, percepção ou vivência.


A primeira mulher escolheu a palavra “LUXÚRIA” e, imediatamente, tornou mais simplórias as outras duas que naquele momento perderam o olhar de revés, enquanto que o dela refinou, brilhante e aceso de prazer profundo.


A segunda mulher escolheu a palavra “AMOR” e, imediatamente, tornou mais tristes e solitárias as outras duas que naquele momento perderam o coração, enquanto que o dela se encheu de gloriosa luz, aceso prazer profundo.


A terceira mulher escolheu a palavra “PRAZER” e, imediatamente, tornou insatisfeitas as outras duas que naquele momento perderam tudo o que tinham conseguido com as suas escolhas, enquanto saía ela rainha sobre todos e, sobretudo, junto às que não mais passaram de súbditas suas.


Eis, meu bem, o quê e o como, o onde e o porquê.

1 comentário:

sonjo disse...

Luxúria Amor e Prazer
O quê o onde e o como.

Mulheres de Palavras eram estas que só me lembra as peruas de que tanto fala...

Conta-me como foi - me apraz, mais virão! ***