15/11/2008

ADORNO ABORÍGENE (detalhe)


Nos trajectos variados feitos de contas, uns há que serpenteiam contrariando fluxos rectilíneos, outros permanecem, firmes e constantes, vincando no fundo negro do nada, razões para a sua existência e ser.
Feitas de pequenas contas que são pontos, que são pérolas, que são glóbulos brancos , as veias-estradas marcam territórios e divisórias, secções particulares que enfeitam a base e entretêm a vista: lembram fases do EU , algumas irreconhecíveis, alimentando esse mistério que é o devir, que é o sermos todos nós tão diferentes do que já fomos e ainda assim, sermos nós mesmos, numa permanência não explicável nem entendível aos olhos da auto-análise e retrato.
Renda ornamental: a vida é toda feita de muitas curvas e direccções, de reviravoltas inesperadas, de pausas e encantos, paragens paralisantes, de recomeços!
Aqui me revejo, quando PARCAMENTE me lembro do que fui, quando LENTAMENTE tento perceber o que sou e quando MAL antevejo o que serei.
Bb. ***

1 comentário:

sonjo disse...

No certume da sua análise
Faltou-lhe ainda ver com
os olhos que interessam
que não vêem os mesmo que
viu vê ou vera.

Falta-lhe isso, ou antes
tem já isso!