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Mil ferroadas espetam a cabeça do que sofre. Sofre, porque deixa que mil pregos e parafusos se atarraxem em si.
O esgar enrugado, o aperto das mãos de desespero, o olho vermelho que perdeu o azul, o olho azul que perdeu o tom do castanho outonal… a boquinha de caracolinho, assim igualzinha à dos caracóis, que não grita.
Gemido e dor interior.
Tormento silenciado.
Dor infligida… bonita e triste composição!
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