01/08/2009

Mary Jane


Dor.

O sangue chama na partilha da dor atroz que despedaça.

A irmandade é tanto maior quanto a dor partilhada e os abraços dados? É ela tanto maior quanto os meses não falados, os insultos mal trocados, as ofensas mal escondidas?

O sangue chama na partilha! E tudo o mais é diferente : não é carne da mesma carne, não existe desde sempre, não é chama que chame assim, quer esta alumie quer a mesma queime.

Da dor atroz que despedaça! E tudo o mais é diferente : não é tão facada, aperto sufocado, pedaço despedaçado, nada!

Dor.
E com ela, a esperança que não morre, pois morrer não pode quem partilha do mesmo sangue e dor, carne e esperança!

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